Produtos da floresta

Resina de Copaiba - Copaifera officinalis

DADOS FÍSICO-QUÍMICOS E APLICAÇÕES

A composição química da resina de óleo de copaíba (Copaifera officinalis) tem aproximadamente 72 sesquiterpenos (hidrocarbonetos) e 28 diterpenos (ácidos carboxílicos). Os diterpenos se aplicam na maioria das aplicações terapêuticas, um fato cientificamente comprovado. Os sesquiterpenos são parcialmente responsáveis pelo aroma das resinas oleosas e têm propriedades antiulcerosas, antivirais e anti-rinovírus.

RESINA COPAIBA

A destilação é um processo de separação baseado no equilíbrio entre as fases líquida e gasosa do óleo-resina, uma mistura homogênea. A coluna de destilação opera sob pressão negativa que facilita a ebulição dos componentes óleo-resina a baixas temperaturas, evitando a transformação de seus bioativos em outras substâncias.

Os componentes mais pesados do óleo de resina que permanecem nas placas inferiores da coluna de destilação são de alta viscosidade, substância de cor parda e rica em diterpenos. A resina de copaíba é indicada para inúmeros fins dos mais variados tipos, e por muitos anos tem sido objeto de vários estudos com o objetivo de prová-la ou adaptá-la a novas terapias como, por exemplo:

– Anti-inflamatório

– Anti-tumor

– Tratamento anti-acne

– Tratamento anti-herpes

– Tratamento antipsoríase

ECOLOGIA

O processo de extração do óleo-resina de copaíba (Copaifera officinalis) ainda é rudimentar. Um furo é feito na madeira com uma broca, a 60 ou 70 cm do solo até o centro do tronco. A resina gotejada é coletada. Uma única copaíba pode fornecer cerca de 40 litros de oleorresina anualmente, tornando-a um recurso sustentável da floresta tropical sem destruir a árvore ou a floresta na qual ela cresce. Quando batida, a resina oleorresina inicial é clara, fina e incolor; ela engrossa e escurece ao contato com o ar. As resinas de óleo de copaíba comercialmente vendidas são um líquido espesso e transparente com uma cor que varia do amarelo pálido ao marrom claro dourado até o marrom escuro.

REFERÊNCIAS

GALUCIO. C. de S. et al (2016): RECUPERAÇÃO DE SESQUITERPENOS DO ÓLEO-RESINA DE COPAÍBA A PARTIR DA DESTILAÇÃO MOLECULAR. Quím. Nova [online]. 2016, vol.39, n.7, pp.795-800. https://doi.org/10.5935/0100-4042.20160096 .