Produtos da floresta
- ÓLEOS
- Açaí (Euterpe oleracea)
- Babaçu (Orbignya oleifera)
- Andiroba (Carapa guianensis)
- Bacaba (Oenocarps distichus)
- Buriti (Mauritia flexuosa)
- Castanha do Pará (Bertholletia excelsa)
- Goiaba (Psidium guajava)
- Graviola (Annona muricata)
- Maracuja (Passiflora edulis)
- Patauá (Oenocarpus bataua)
- Pequi (Cariocar brasiliensis)
- Pracaxi (Pentaclethra macroloba)
- Tucumã (polpa) (Astrocaryum vulgare)
- MANTEIGAS
- Bacuri (Platonia insignis)
- Cupuaçu (Theobroma grandiflorum)
- Murumuru (Astrocaryum muru-muru)
- Tucumã (Astrocaryum vulgare) amendoa
- Ucuuba (Virola surinamensis)
- RESINAS E CERAS
- Óleo resina de Copaiba (Copaifera officinalis)
- Resina de Breu Branco (Protium heptaphyllum)
- Carnaúba (Copernicia prunifera)
- ARGILAS
- Argila Branca da Amazônia
- Argila Amarela
- Argila Rosa
- Argila Verde
- Argila Preta
- Argila Vermelha
- EXTRATOS
- Cumarú (Dipteryx odorata)
- Jambu (Spilanthes oleracea)
- Mulateiro (Calycophyllum spruceanum)
- Urucum (Bixina orellana)
- ESFOLIANTES
- Esfoliante de açai
- Esfoliante de murumuru
- Esfoliante de Castanha-do-Pará
- Esfoliante do fruto de Tucumã
- Esfoliante de maracuja
- Esfoliante de cupuaçu
- Esfoliante da amendoa do Tucumã
- ESPECIALIDADES PARA O CABELO
- NUTRIBALM 40 CD - hidratação capilar
- CM40CT - Cimento cuticular
- TP40 BIOCIMENT - porosidade capilar
- BERRENSHOT 20DC - desmaia natural
- THERMO-SHIELD 40 PT - proteção contra danos térmicos
- CHEMSHIELD 30 DQ - proteção contra danos quimicos
- CURLER ACT 30 - atividador de cachos
- PEROXIBLOCK 50SS - proteção cor capilar
- ESPECIALIDADES PARA A PELE
- LINOPALM 70 AS - anti-aging
- NOCAPTONE DMT - anti-celulite
- BTM US 30 - anti-estrias
- ANGEKTASE 40PP - pos-peeling
- ÓLEOS ESSENCIAIS
- Óleo essencial de Copaiba
- Óleo essencial de Breu Branco
- Resina de Copaiba
Óleo de Pequi - Cariocar brasiliensis
ÉPOCA DA SAFRA
DADOS FÍSICO-QUÍMICOS E APLICAÇÕES
Além do óleo de pequi ser rico em ácidos graxos, apresenta também em sua composição vitamina A, vitamina C e várias vitaminas do complexo B, assim como fitosteróis: o sitosterol, o estigmasterol e o lanosterol. Contém escaleno em concentrações de 64mg/100g e selênio em 0,7mg/100g.
Óleo do pequí da amêndoa tem um ponto de fusão completo de 37ºC idêntico da temperatura do ser humano, o que o torna ideal para cremes faciais. Porém, a amêndoa do pequi é menos usada devido à dificuldade de remover a castanha do endocarpo. O óleo obtido da semente é branco-amarelado, meio sólido, de gosto fino e perfume muito agradável.
O pequi é utilizado na produção de creme e loções para a pele, sabonetes, óleos de banho, shampoo e condicionador para cabelos com tintura, shampoo e condicionador para cabelos quebradiços, e emulsões. Devido suas propriedades químicas ele pode ser indicado em produtos de maquiagem, creme pós-depilatório.
USO POPULAR
O fruto é consumido depois de cozido em água e sal e o óleo pode ser usado em frituras. A casca do fruto é rica em tanino, utilizado na preparação de tinta para escrever, para tingir rede de dormir e fios.
Os caboclos aplicam o óleo como anti-inflamatório e contra afecções do fígado. É uma espécie que contém um alto conteúdo de vitamina A, o que ajuda a prevenir e curar desordens dos olhos (visão embaçada). A casca é usada para combater a frieira dos pés.
O óleo é retirado de forma artesanal levando a massa da polpa ao fogo baixo (sem água). Em seguida retire a massa aos poucos enquanto o óleo derrete. Três dúzias de pequiá pode dar 2½ litros de óleo”.
Tanto a casca do fruto como o próprio óleo obtido da polpa do fruto e das sementes são empregados para a fabricação de sabão.
ECOLOGIA
O pequizeiro é uma árvore de copa frondosa que pode chegar a 12 metros de altura. De todos os frutos nativos do Cerrado, o pequi é o mais consumido e comercializado. O pequi é de grande importância para as populações agroextrativistas e para as economias locais. Alguns “catadores” e comerciantes de pequi chegam a obter até 80% de sua renda anual na cadeia produtiva do fruto.
Os frutos amadurecem a partir de fevereiro até maio. Uma árvore de pequi normalmente não produz frutos todos os anos. A produção média por árvores é estimada em 350 frutos/ano.
Do fruto do pequi pode-se retirar óleo tanto da polpa como da amêndoa. O fruto pesa em médio 280g, da qual 23% é composto de polpa e 6% da amêndoa com um teor de 67,0% e 70,4% de óleo, respectivamente. No processo de extração utilizando hexano o rendimento do óleo foi de 45,80% para a polpa e 42,0% para a amêndoa.
Com uma produção média de 350kg de frutos pode se esperar 38,8kg de óleo de polpa e 8,8kg de óleo de amêndoa.
A madeira tem alta resistência ao ataque de organismos xilófagos e é altamente empregada na construção naval. Embora o pequi não esteja sob risco de ser extinto, a exploração descontrolada pode levar ao desaparecimento dessa árvore em algumas regiões.
REFERÊNCIAS
BENTES, M. H. et. al. (1980): Propriedades físico-químicas e composição de ácidos-graxos do fruto do pequiá-Caryocar villosum (AUBL) PERS. Caryocaraceae. Belém Departamento de Química/UFP. .
CRODA. Crodamazon Pequi. Nome INCI: Caryocar Brasiliense Fruit Oil. www.croda.com.br .
LORENZI, H. Árvores Brasileiras. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, vol. 2, 2ª edição, 2002, p. 368. .
PESCE, C. OLEAGINOSAS DA AMAZÔNIA. BELÉM: OFICINAS GRÁFICAS DA REVISTA VETERINÁRIA, 1941. .
SHANLEY, P.; Cymerys, M. & Galvão, J. Frutíferas da mata na vida amazônica. Belém, 1998. .