Produtos da floresta

BABAÇU - Orbignya oleífera

CAS# 91078-92-1

ÉPOCA DA SAFRA

DADOS FÍSICO-QUÍMICOS E APLICAÇÕES

O óleo de coco babaçu (Orbignya oleífera) é semelhante ao óleo de palma– ambos com alto teor de óleo láurico. Trata-se de um óleo muito estável a altas temperaturas, podendo ser utilizado no cozimento e fritura. Entre todos os óleos vegetais o óleo de babaçu tem o mais alto índice de saponificação tornando-o muito apropriado para fabricação de sabão em substituição às gorduras de origem animal e preparo de pomadas cremosas.

E importante notar que ao ácido láurico se atribui um efeito antimicrobiano. A indústria de cosméticos, portanto, usa o óleo de babaçu não só para a pele seca e áspera, mas para a pele oleosa e inflamada como também um componente resfriador para pele com dermatite atópica e coceira. Altamente recomendado para óleos de massagem.

USO POPULAR

Quase tudo se aproveita desta palmeira. Suas folhas são utilizadas na armação de cobertas para casa; as fibras das folhas são utilizadas para produzir produtos artesanais; as amêndoas verdes fornecem um leite com propriedades nutritivas semelhantes ao leite humano e bastante utilizado na culinária; do mesocarpo é extraída uma farinha muito usada como complemento alimentar e para fazer bolos e mingau.

O principal fim das amêndoas é a produção de óleo de coco do babaçu. Este é amplamente utilizado na indústria cosmética, alimentícia, de sabões, detergentes, lubrificantes etc. A extração das amêndoas é tradicionalmente caseira, feita pelas populações locais e pelas “quebradeiras de coco”. O endocarpo é usado para fazer um carvão de alto potencial calorífico.

ECOLOGIA

A palmeira babaçu é nativa da região Norte e das áreas de Cerrado com ocorrência concentrada nos estados do Maranhão, Tocantins e Piauí, ocupando uma área estimado de 100 – 150.000 km² e esta expandindo em áreas degradas pela ação humana.

A palmeira pode atingir de 10 a 30 metros de altura e suas grandes folhas podem chegar a oito metros de comprimento. Cada palmeira pode apresentar entre três a cinco longos cachos. O pico de florescimento acontece entre janeiro e abril e os frutos amadurecem entre agosto e dezembro.

Cada palmeira desenvolve entre 3 – 5 cachos, por sua vez, pode produzir de 300 a 500 cocos. A casca do fruto é resistente e, no seu interior, há de 3 a 5 amêndoas que têm valor comercial por serem a principal matéria-prima para a produção do óleo de coco do babaçu. Em media se encontram entre 100 -200/ha de palmeiras de babaçu com um rendimento de 90 – 150 kg/ha de óleo.

REFERÊNCIAS

GREEN, P.G. et al (2005): In vitro and in vivo enhancement of skin permeation with oleic and lauric acids. International Journal of Pharmaceutics, v. 48, issues 1-3, p. 103-111, dec. 1988. .

http://www.cerratinga.org.br/babacu/